sábado, 19 de fevereiro de 2011

UM DISCURSO PERFEITO

Um filme é feito de muitas partes. Todas elas, se bem arrumadinhas, compõem uma ópera maravilhosa.
E assim foi feito com O Discurso do Rei.
Os atores foram escolhidos a dedo. Atuações delicadas e sensíveis. E o diretor explorou cada músculo facial de seus atores.
A câmera sempre próxima, íntima, não deixava qualquer espaço para o erro. Todo o elenco foi agraciado com closes duros, com fotografia estática e bem composta.
Podia-se ver a arte operando na face desses atores.
Os tons grises da fotografia, o cenário de cores mortas, a música pontuando aqui e ali deixando espaço para o inglês britânico e sua entonação única.
Colin Firth faz George abrir-se lentamente. Seu olhar medroso para a câmera é inesquecível.
As rugas de Geoffrey Rush são exploradas sem dó, sua expressão desajeitada mas logo depois firme é outro ponto alto.
Helena Bonham Carter atua contidamente. Espetacular no papel da esposa preocupada e mãe dedicada. Atua tão bem que esquecemos que é uma rainha.
Mas o filme não liga para títulos de nobreza, apenas mostra um homem e suas inseguranças e seu novo amigo que sempre o ajudará.


Presta atenção neste cartaz. Ele sozinho já merece um prêmio.



Helena Bonham Carter é rainha e a gente nem percebe

Colin Firth é George VI. Gago, inseguro e rei...Percebeu o olhar dele nessa foto?

Geoffrey Rush é Lionel Loge. "Fonoaudiólogo" especializado em problemas da fala e amigo do rei.

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